Certa noite descobri no céu uma estrela.
Por um feliz acaso... uma simples coincidência.
Olhei e estava lá, nem sei porque me chamou a atenção... um pequeno cintilar, uma forma diferente talvez.
Comecei a observá-la intrigado, e cada dia que olhava, maior era o seu brilho.
Todas as noites olhava para o céu e descobria algo novo, uma nova tonalidade um novo calor, um brilho cada vez mais hipnotizante.
Noite após noite, olhei o percurso que ela desenhou no céu para todos verem.
Num vício de curiosidade e de descoberta segui-o, até ao fim, e fiquei á espera...
Á espera que ela brilhasse mais um pouco, salpicasse a noite de mais um momento, uma sensação.
Então levado pela sede de conhecer mais arrisquei, e de telescópio em punho tentei chegar perto dela.
Queria vê-la de perto, tocá-la, brilhar com ela, ser por uns instantes também uma estrela e brilhar junto à minha descoberta.
Observei, senti que falava para mim! Pela primeira vez havia brilho que só os meus olhos viam, que se colou a mim, e nesses pequenos instantes também brilhei.
Então um certo dia construi um foguetão! Pensei chegar lá, tracei o plano da viagem.
E quando estava prestes a partir, olhei para o céu e ela não estava lá.
Onde foi parar a minha descoberta? Onde brilha agora a estrela?
Continuei a procurá-la, olhando para o céu. A lente do telescópio sempre escura, sem nada encontrar.
Deixou de brilhar? Esconde-se de mim? Não é digno o meu olhar? Brilha noutro firmamento para outros olhos talvez...
Quis brilhar com a estrela, tocar-lhe!
Percebi que não se alcançam as estrelas... ficou o brilho que ainda cintila na minha mente...
Ficou a vontade de encontrar um dia, num acaso, aquele brilho.
Não no céu mas na terra aqui um dia, uns minutos... num olhar...
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